endondontia - arte de salvar dentes

Endodontia: a arte de salvar dentes

A Odontologia é a área da saúde dedicada ao estudo do sistema estomatognático, que é composto por crânio, a face, pescoço e cavidade bucal, abrangendo ossos, musculatura mastigatória, articulações, dentes e tecidos. Por ser uma região do corpo bastante complexa, a Odontologia é dividida em algumas especialidades, dente elas, a Endodontia.

Segundo dados do Conselho Federal de Odontologia (CFO), a Endodontia é a terceira especialidade odontológica com maior número de profissionais em atividade no país, perdendo apenas para a Ortodontia e a Implantodontia. Atualmente, mais de 16 mil cirurgiões-dentistas estão aptos a realizar tratamentos que envolvem os canais radiculares, o popular tratamento de canal.

Mas a Endodontia só trata o canal do dente?

O objetivo da Endodontia é evitar que muitos problemas bucais resultem no descarte ou na extração de um ou mais dentes do paciente. Por isso, é considerada “a arte de salvar dentes”.

O tratamento de canal é a principal abordagem da Endodontia, uma vez que pode ser causado pela cárie, principal fator infeccioso que acomete os órgãos dentários. Porém, vale destacar que a especialidade é responsável por realizar o diagnóstico, o tratamento e a prevenção de doenças que atingem a parte interna do dente: a raiz, a polpa, e os tecidos periapicais que envolvem a raiz.

Assim, cabe à Endodontia cuidar de outras situações como: recuperação de um dente após um trauma; o reimplante de dentes avulsionados; o clareamento interno do dente após o tratamento; e casos de sensibilidade dental.

Quando o tratamento endodôntico é indicado?

A abordagem endodôntica é realizada quando há algum tipo de lesão que afeta a polpa do dente, normalmente, causando dores e muito desconforto. Outra indicação comum da Endodontia é quando ocorre algum tipo de trauma no dente, afetando a polpa e resultando, na maioria das vezes, na morte pulpar.

O tratamento do canal da raiz dentária é realizado para reparar e salvar dentes muito danificados ou infectados. O procedimento envolve a remoção da área afetada do dente (nesse caso, a polpa), a limpeza e a desinfecção, o preenchimento e, em seguida, o selamento.

Como é feito o tratamento endodôntico?

O endodontista, cirurgião-dentista especializado, realiza o tratamento em uma ou algumas visitas ao consultório odontológico. Após exame clínico, anamnese e exames complementares, o diagnóstico acontece.

Após o profissional constatar a necessidade do tratamento endodôntico, é realizada anestesia local, para prevenir dores e proporcionar maior conforto do paciente. A próxima etapa, fazendo uso da broca, é realizar uma abertura na coroa do dente para acessar o tecido pulpar e, em seguida, fazer a remoção do mesmo.

Todo o espaço que era ocupado pela polpa é esvaziado, alargado, irrigado e desinfectado. Após o selamento do canal radicular, é realizada uma restauração temporária até as próximas consultas e/ou restauração definitiva do dente.

Consequências de não se realizar o tratamento endodôntico

Apesar de muitos pacientes temerem o tratamento de canal, é importante entender que abrir mão do tratamento, quando ele é necessário, pode trazer consequências graves para a saúde de um modo geral.

Além da dor, outros sintomas podem aparecer, como inchaços orais e faciais que representam grande foco infeccioso podendo levar a apatia, febre e até quadros sistêmicos mais graves como abscessos cerebrais.

Muita gente não realiza o tratamento de canal por medo de perder um ou mais dentes. Mas, como já falamos anteriormente, a Endodontia é a arte de salvar dentes. Logo, após tratar o problema, o cirurgião-dentista realiza toda a restauração do dente com materiais próprios, bem como resina composta ou coroas protéticas.

Por que a cárie é a grande vilã da Endodontia?

A cárie é o principal fator que desencadeia um tratamento de canal. O processo carioso, geralmente, é iniciado a partir da falta de higiene. Ou seja, abrir mão de mecanismos capazes de remover a placa bacteriana e outros resíduos alimentares, especialmente o açúcar, como a escovação e o fio dental, pode resultar na deterioração do dente, corroendo o esmalte, sua camada externa e mais dura.

A cárie se transforma em algo mais complexo quando atinge a polpa do dente, que é a parte mais sensível e interna da estrutura dental – onde há inervação– que é coberta por uma camada de proteção chamada dentina.

O processo carioso pode começar de forma pequena em um dente íntegro e ir crescendo até chegar à polpa, causando uma inflamação irreversível. É aí que o tratamento endodôntico precisa ser feito para remover essa polpa e realizar a obturação do espaço, evitando novos problemas para a saúde do paciente.

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