cultura de prevenção

Cultura de prevenção: antecipe problemas e tenha boa saúde bucal

Muitos defendem que a saúde começa pela boca, mas na prática, nem todo mundo leva essa afirmação a sério. A consequência disso é o surgimento de problemas bucais que poderiam ser facilmente resolvidos se as pessoas incluíssem em sua rotina uma espécie de “cultura de prevenção” para a saúde bucal.

Para melhor entender esta dinâmica, é importante saber que significa cultura de prevenção. Cultura de prevenção, bastante difundida no meio corporativo – principalmente quando envolve um grande número de colaboradores de uma mesma empresa – tem como objetivo proteger os trabalhadores dos riscos laborais e de acidentes de trabalho.

Para isso, a empresa se compromete em realizar exames médicos periódicos para acompanhar a saúde de cada indivíduo, independentemente de qualquer ocorrência pontual. O resultado esbarra no bom desempenho deste colaborador e no funcionamento da empresa.

Trazendo para a nossa vida particular, cada pessoa deveria desenvolver a sua própria cultura de prevenção, realizando consultas e exames regulares junto aos seus médicos e cirurgiões-dentistas de confiança, independentemente de estar com algum problema ou sintoma. Logo, o indivíduo conseguiria solucionar o problema antes que ele evoluísse para algo grave e que demandasse tratamentos demorados e desconfortáveis.

Cultura de prevenção na Odontologia: veja como identificar problemas bucais

Para saber se a sua saúde bucal está em risco, a primeira coisa a fazer é observar mudanças que surgem dentro da boca de forma repentina, as chamadas como lesões bucais, caracterizadas muitas das vezes por manchas brancas ou avermelhadas, além de feridas e inchaços.

As lesões podem ser desde as aftas, geralmente causadas por mordidas involuntárias na mastigação, consumo de alimentos ácidos, herpes ou até mesmo por um quadro de gastrite. O herpes é uma doença viral e contagiosa que se manifesta nos lábios, na língua ou nas gengivas, principalmente quando a pessoa portadora do vírus apresenta quadros de estresse e imunidade baixa. A ferida some dentro de alguns dias.

Outros sinais que podem indicar problemas são as dores,  principalmente quando surgem de forma espontânea. Quando atingem os dentes, é preciso buscar um endodontista para verificar se há algum quadro de infecção por cárie, que se não cuidada, pode evoluir para um tratamento de canal.

Dores musculares, sobretudo ao acordar, implicam também na necessidade de procurar um cirurgião-dentista com mais urgência. O objetivo é verificar se existe algum comprometimento na articulação temporomandibular (ATM) ou outras afecções que acometem a região da mandíbula.

Sangramentos que aparecem após o uso do fio dental gengivais e o tártaro – que é caracterizado pelo acúmulo de placa bacteriana na superfície dos dentes – são problemas recorrentes e são causados, basicamente, por uma higienização bucal deficiente.

Gengivite: quando sua gengiva está pedindo socorro

A gengiva é um tecido da mucosa bucal que envolve e protege o colo dos dentes. Por esta descrição é possível perceber o quanto ela é importante para a saúde da boca, no entanto, muita gente esquece de tratá-la como ela merece. No entanto, é nestas horas que surge um problema bucal muito comum, essencialmente causado pela falta de higienização: a gengivite.

Entre os problema bucais, a gengivite é caracterizada por uma inflamação que acomete a gengiva. Pode apresentar inchaço, vermelhidão e sangramento ao escovar. Contudo, em um estágio inicial, a recuperação da gengiva ocorre a partir da retomada de uma boa escovação e higienização.

A má higienização também pode provocar uma outra situação: a recessão gengival, ou retração gengival. Este caso, como aponta o endodontista, pode ser provocado pela oclusão dentária do paciente ou também pela forma é realizada a escovação, geralmente intensa e com muita força. Ou seja, quando o movimento com a escova é feito forma equivocada, ocorre a retração gengival. Essa retração pode, depois, ser associada a quadros de sensibilidade dental, já que expõe dentina – a parte mais sensível do dente – que antes não ficava exposta ali.

De olho na alimentação

Para a Odontologia, a alimentação é um fator importantíssimo e o motivo vai muito além dos fatores nutricionais. A preocupação vai ao encontro dos resíduos alimentares que ficam depositados nos dentes após as refeições.

A higienização muito bem feita consegue superar as sobras que ficam após a alimentação. Porém, nem todas as pessoas fazem uma higienização completa, com uso do fio dental.  A higienização, quando bem feita, consegue superar restos alimentares mesmo mais cariogênicos. Ou seja, com muito açúcar, o que facilita o surgimento da cárie nos dentes.

Por outro lado, os alimentos ácido precisam de uma certa moderação, pois influenciam no pH da superfície dentária, contribuindo para a formação de ambiente mais favorável para aderência bacteriana na coroa do dente, o que favorece o acúmulo de tártaro.

Visitas periódicas ajudam a eliminar problemas

Tem gente que só lembra que o dentista existe quando sente alguma dor ou percebe que algo dentro da boca está diferente do habitual. Por isso, a cultura de prevenção é tão essencial para as pessoas.

O ideal para os dentistas é que os pacientes buscassem realizar uma consulta, pelo menos, a cada semestre. Esta janela temporal é importante, uma vez que o processo de uma cárie, por exemplo, pode ocorrer de um semestre pro outro. Logo, se a pessoa falhar em algum aspecto de higiene e manutenção, seis meses corresponde a um período que é possível tratar do problema sem grandes consequências para o paciente e para a sua saúde.

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